A formação histórica de Santa Luzia do Paruá está ligada à exploração da Bacia Hidrográfica do Rio Turiaçu, que inclui o Rio Paruá. No século XVII, a região foi percorrida por expedições militares entre o Pará e o Maranhão, além de conflitos entre colonizadores e povos indígenas. As terras eram ocupadas por povos originários, mas muitas etnias indígenas foram exterminadas durante a expansão luso-brasileira nos séculos XVII e XVIII. Surgiram quilombos de escravizados fugitivos às margens do Rio Paruá, embora não tenham recebido nomes específicos. Os pioneiros, como “Velha Rosa”, “Zé de Rosa”, Cizino Fernandes e Raimundo Rodrigues dos Santos (Codó), foram atraídos pela riqueza natural do vale do Paruá. Eles estabeleceram plantações de mandioca, feijão e arroz, aproveitando também a caça e a pesca na região.
A formação histórica de Santa Luzia do Paruá está intimamente ligada à exploração da Bacia Hidrográfica do Rio Turiaçu, da qual faz parte o Rio Paruá. No século XVII, o lugar foi caminho de expedições militares entre o Pará e o Maranhão, além de palco de conflitos entre colonizadores e povos indígenas. As terras eram ocupadas por povos originários, mas muitas etnias indígenas foram exterminadas durante a expansão luso-brasileira nos séculos XVII e XVIII. Surgiram quilombos de escravizados fugitivos às margens do Rio Paruá, embora não tenham recebido nomes específicos. Os pioneiros, como “Velha Rosa”, “Zé de Rosa”, Cizino Fernandes e Raimundo Rodrigues dos Santos (Codó), foram atraídos pela riqueza natural do vale do Paruá. Eles estabeleceram plantações de mandioca, feijão e arroz, aproveitando também a caça e a pesca na região. Gradativamente, esses pioneiros se aproximaram do Paruá, migrando de povoados em Turiaçu. Cizino fundou o povoado de Abaixadinho, próximo aos indígenas Urubuçu. A relação de parentesco entre “Zé de Rosa”, Cizino e “Codó” permitiu a troca de informações. Esses pioneiros dominavam a língua dos nativos e chegaram a morar nos aldeamentos seminômades dos Ka’apor. O povoado de Cizino, posteriormente chamado de Paruá, foi fundado na margem esquerda do rio. Raimundo Rodrigues dos Santos (Codó) fundou o povoado de Tracuá, que mais tarde foi renomeado para Santa Luzia do Paruá em homenagem ao rio e à sua importância histórica, cultural, ecológica e geográfica.
O povoado de Santa Luzia do Paruá se desenvolveu gradualmente com a construção da BR-316 em 1961 e a criação da Companhia de Colonização do Nordeste (COLONE). Em 1973, uma crise de meningite no povoado Paruá levou muitas famílias a se mudarem para a atual sede municipal, Tracuá. O pioneiro Codó sonhava em ver Tracuá emancipado, mas faleceu em 1981. Santa Luzia pertencia a Santa Helena até a abertura da BR-316, quando passou a integrar o município de Turiaçu. A luta pela emancipação foi liderada por Carlindo Alves da Silva, Antônio Silva de Moraes e João Moraes de Sousa, com apoio do deputado estadual Marcone Caldas. Em 1987, Santa Luzia do Paruá conquistou sua emancipação política e foi instalado como município em 1989. O primeiro prefeito eleito do município foi Hemetério Weba (1988-1992), seguido por Harolfran Melo (1992-1996), Coronel Riod (1997-2000/2001-2004), Nilton Ferraz (2005 2008/2009-2012), Eunice Damasceno (2013-2016), Plácido Holanda (2016-2020) e Vilson Ferraz (2021-2024).

Fontes:
Enciclopédia dos Municípios Maranhenses: região de desenvolvimento do Gurupi Maranhense. Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos - IMESC. – São Luís: IMESC, 2021.
Canal: MARINHO AIR DRONES